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Mais que sexo: o que é o tantra

  • Foto do escritor: mundoespiritualista
    mundoespiritualista
  • 4 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura



É muito comum entre as pessoas, ligarem a palavra tantra à pratica sexual. No entanto resumir uma filosofia tão antiga e rica apenas em práticas sexuais é totalmente equivocado e danoso, pois sendo o sexo um assunto ainda tido como tabu, muitas pessoas nem ao menos se permitem tentar conhecer a verdadeira filosofia tântrica e com isso acabam tendo uma visão errada e preconceituosa sobre o tema.

Embora o sexo esteja incluso dentro das praticas tântricas (e isso é inevitável, pois o sexo consciente e responsável, feito com quem gostamos ou queremos faz parte de nossa busca pelo autoconhecimento), essa filosofia vai muito além.

Na cultura indiana, tantra é conjunto de escrituras de autores desconhecidos, que datam a partir do século VII. É uma filosofia que visa busca pelo autoconhecimento, busca pela moral, saúde, espiritualidade. Seu objetivo é a busca pelo desenvolvimento integral do corpo e da mente.

Para o tantra o ser humano tem de ascender através e por meio de seu corpo, e não o rejeitando. A filosofia tântrica não vê o corpo como uma oposição ao espírito, mas sim parte da expressão divina.



O sexo tântrico se encaixa nessa filosofia como uma forma de libertar a energia do corpo e fazê-la circular através dos chakras. Não são todas as correntes do tantrismo que cultuam a prática erótica como forma de ascensão espiritual.

O tantra trata o corpo como algo sagrado e o ritual sexual como uma prática espiritual para atingir a consciência, o tantrismo não admite que nada seja feito sem consentimento.

O sexo reprodutivo, monogâmico e controlado, onde o homem é aquele que procura e a mulher a que recebe, é um modelo imposto por uma cultura rançosa e conservadora cuja influência nos persegue. Todas as práticas que se afastam do coito são estigmatizadas. São perversões pecaminosas malvistas pelo contexto. A mensagem é clara: só vale o que é aceito socialmente. Os outros jogos sexuais ocultam-se atrás da cortina sombria do inconfessável: não só existe o temor de realizá-los como também de falar a respeito.



São esses os resultados de uma sexualidade amordaçada pelos tabus sociais, onde não está prevista a busca do prazer pelo prazer; onde ninguém pode se perguntar o que realmente deseja e por que não pode fazê-lo; onde o medo de ser julgado pelos outros funciona como uma inibição paralisante. Em suma, uma ideologia sexual castradora em que prevalece a ideia de culpa como freio do desejo.

Portanto, o tantra prega o sexo consciente como forma de mudar assas ideias preconceituosas e atrasadas sobre o sexo, o colocando como algo importantíssimo para o crescimento espiritual e mental da pessoa.

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