Nos sonhos o tempo e o espaço são diferentes de nossa vida consciente. Sonhamos com fatos e lugares de nossa infância como se fosse hoje. Uma pessoa pode ser ela mesma ou outra, animais fantásticos e lugares imaginários e personagens desconhecidos fazem parte do mesmo cenário. Perigos imaginários nos ameaçam. Atores, celebridades ou assaltantes invadem nossa noite e nossas fantasias.
O sonho fala conosco mostrando conteúdos inconscientes que são revelados por meio dos símbolos, encontrados não somente nos sonhos, mas em todos os momentos de nossa vida, via ideias e emoções, em fantasias, nos mitos, nos contos de fadas, na expressão de nosso corpo, em nossa criatividade.
A linguagem do sonho é simbólica, de modo que no sonho um cachorro não é só um cachorro, é tudo o que o sonhador associa a esse animal e que vai depender de suas experiências. Pode representar amizade, fidelidade ou medo, rejeição. Por isso não existe um manual confiável para interpretar, já que cada pessoa tem suas próprias referências.
Jung referia-se a dois tipos de sonhos: Os pequenos que trazem fragmentos do nosso dia a dia e os grandes sonhos, que se originam no inconsciente mais profundo ou inconsciente coletivo e que trazem imagens de símbolos religiosos e mitos. Quando temos um sonho assim acordamos emocionados, não conseguimos esquecer e tentamos entendê-lo. Um exemplo: Sonho que "estou subindo uma montanha e que pessoas ao meu lado falam muitas línguas diferentes e tentam chegar ao topo." Podemos ver que esse sonho faz uma referência à Torre de Babel. Temos que ver do ponto de vista do sonhador as dificuldades que ele está encontrando para se comunicar durante o caminho de sua vida.
Também existem os "sonhos compensatórios" que suprem nossas carências e têm o papel de dar equilíbrio à psique, por exemplo: Se estamos pobres sonhamos com dinheiro e se estamos sozinhos sonhamos com alguém nos acompanhando. O sonho ajuda no equilíbrio da psique, trazendo à consciência conteúdos inconscientes apontando o caminho para o desenvolvimento do ego.
Registros de sonhos, fragmentos ou imagens devem ser lembrados de forma análoga aos registros de pensamentos disfuncionais. Quando ocorreu o sonho, qual era a cena, o que pensou, o que sentiu e o que fez. Os personagens envolvidos também serão explorados, pois podem trazer diferentes perspectivas sobre o tema.
Através de uma série de perguntas, podemos ser guiados na recordação e exploração deste material. Por exemplo:
1. O que acontece no sonho? Qual o cenário?
2. O que você e os outros personagens estão pensando, sentindo, fazendo? Você percebe estas relações?
3. Qual o título desta história? Qual a relação deste título com a história?
4. Como esta história pode ser vista por outras perspectivas?
5. Que conexões têm com a sua vida acordada?
6. Qual a “moral” do sonho?
7. Como poderia construir sonhos diferentes sobre este tema?
8. Que outros finais poderiam acontecer?
Significado dos símbolos dos sonhos.
Em todo o sonho aparecem símbolos. Ao ouvir o relato do sonho deve-se prestar atenção nesses símbolos e colocá-los dentro do contexto de vida da pessoa, assim poderá fazer uma interpretação mais aproximada de seus conflitos internos.
Embora os símbolos tenham seu significado próprio, para cada pessoa pode ter uma significação diferente, tudo depende dos conflitos que ela está enfrentando em um determinado momento de sua vida.
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